pouco a chegar, dei por mim a relembrar-me de algumas pequenas cenas embaraçosas ou de pura distracção que já me aconteceram ao longo da minha vida…
- Já adormeci a tratar um dente. A dentista abanou-me um pouco aflita e perguntou-me se eu me estava a sentir bem. Quando lhe disse que tinha adormecido, ela nem quis acreditar.
- Ainda na dentista – uma outra - durante um tratamento de um dente, deu-me uma vontade inadiável de ir à casa de banho. Com algodão na boca e mais não sei quantas coisas que se lembram de lá colocar, comecei a gemer e a fazer gestos para dar a entender que estava aflito.
Está a doer? - perguntou ela. E eu entre mais gestos e mais algumas tentativas de falar, lá consegui fazer-lhe entender o que queria e fui.
- Já adormeci num semáforo em Aveiro. Acordei com os carros atrás de mim a buzinarem-me.
- Numa reunião em que fiquei frente a frente com a minha chefe, adormeci enquanto ela estava a falar. Acordei com os olhos dela postos em mim. É uma situação que não aconselho a ninguém!
- Um dia, já lá vão uns anos valentes, ao sair de uma bomba de gasolina, como estava cheio de pressa, fiz inversão de marcha sobre um traço contínuo. Um polícia de mota – que infelizmente não vi – mandou-me logo parar. Lá tentei atirar-lhe poeira para os olhos, que não tinha visto o traço… Pediu-me para sair do carro, mandou parar o trânsito de ambos os lados da estrada – e quem conhece a nacional que vai de Aveiro até Cacia sabe o movimento que ela tem - e pediu-me para o acompanhar até ao eixo da via para ver a linha contínua.
- Num dia de recepção de encarregados de educação, pedi a uma senhora para aguardar um momento que já lhe dava as informações da neta. Ela corrigiu-me que não era neta mas sim filha!
- Numa aula em que surgiu uma dúvida sobre o funcionamento de uma catapulta, fiz um pequeno esquema no quadro e expliquei que num dos lados podia colocar-se uma
merda que seria depois projectada. Risada geral. Ainda hoje estou para perceber como é que me saiu
merda em vez de
pedra..
- Já me aconteceu sair de casa para ir às compras, parar para tomar um café e voltar para casa tendo-me esquecido do objectivo da minha saída.
- Já me aconteceu ir tomar um café, abrir o pacote de açúcar e despejá-lo no cinzeiro.
Bom, mas para além disso, sou um gajo normal.