# Apareceste na minha vida como por magia
há 11 anos atrás. Vi-te nascer. Respirar o teu primeiro sopro de vida perante o meu olhar enternecido.
Não sabes, mas no silêncio daquela noite, fui o primeiro a pegar-te nos meus braços. Contemplei-te longos minutos sem conseguir desviar o meu olhar de ti. E tive medo de te tocar. Parecias tão frágil. Mas lentamente, os meus dedos acariciaram o teu rosto. Senti o teu calor, a tua doçura e uma vontade interior de ficar ali, parado, a olhar para ti eternamente.
Não sabes filho, mas passei a viver para ti, dependendo de ti. Aprendi a acordar quando um sonho menos bom incomodava o teu sono inocente. Aprendi a consolar-te quando uma pequena dor te fazia chorar. Aprendi muito. Aprendi a dedicar-me a ti, a brincar contigo, a chorar quando tu choravas. E vi-te crescer. E vi crescer o teu carinho por mim. Vi crescer a força dos teus abraços quando as saudades de um dia sem mim apertavam.
Não sabes, mas sofri em silêncio no teu primeiro dia de escola. Vi-te ainda tão pequeno entregue a um mundo que não era o teu. Mas tu, com toda a tranquilidade que te caracteriza, afastaste-te de mim, com um sorriso e um gesto da mão que diziam Não te preocupes, estou bem. E o meu coração abrandou. Admiro a tua coragem, filho.
Os anos foram passando.
Não sabes filho, e talvez já nem te lembres, mas naquele dia em que te fui buscar à escola e estavas de castigo, sofri por ti. Estavas de pé, ouvindo palavras que não querias ouvir, e olhaste para mim procurando desesperadamente um apoio. Mas eu fiquei em silêncio, sabendo que me querias ao teu lado. Não disse nada, o coração apertado. Não por falta de amor, mas porque a vida também é feita desses momentos, filho, e eu não tinha o direito de intervir. Mas eu sei que não és assim. E sei que a revolta que estavas a sentir no teu pequeno coração, por o teu pai e a tua mãe já não se amarem, falou mais alto por ti naquele dia.
Acompanhei com cumplicidade os teus amores. E tenho gravado na memória o nome de cada uma das paixões que me confidenciaste em segredo. Cada pequeno desgosto de amor, que para ti era do tamanho do mundo inteiro. E lembro-me de cada palavra de conforto que te dei, de cada conselho que te segredei, de cada alegria de amor conquistado que te apressaste de me murmurar ao ouvido. Lembro-me de tudo.
Tu cresceste. Continuas ao meu lado. Com os mesmos abraços, o mesmo sorriso, a mesma ternura.
Queria dizer-te hoje simplesmente que te amo mais do que a mim próprio.
E obrigado por me aturares quando, às vezes, consigo ser mais criança do que tu…
Um beijo para ti
26 Comments:
Xi... 22! Profundo pá.
Muito bom.
Mesmo.
O amor dos pais, é incondicional. Estranhamente, esta data é importante também para mim, em aniversário.
Parabéns aos dois.
;)
palavras sentidas...principalmente por isso sabem bem serem lidas...beijo de parabéns...aos dois
Parabéns :) beijocas
Lindo.... Parabens!!
Beijinhos
Palavras mesmo muito, muito, muito sentidas... apesar dos seus 11 anos, vai continuar a ser o meu bebé para sempre :) Ele passa-se quando lhe digo isso :D
palavras de pai babado enternecem qualquer um. :)
Que bom ver que se interessa pelo seu filho... Coisa rara hoje em dia. Admiro-o por isso!
Não me façam babar-me ainda mais com tantos elogios :D Mas obrigado pelas palavras...
23? ;)
23??? Passou-me ao lado. Não percebi!
o 23 deve ser o teu filhote, Vinte e Dois! :)
Parabéns. Não te esqueças nunca que o amas assim, e procura que ele nunca deixe de sentir esse teu amor. Palavras de filha, não de mãe.
Parabéns aos dois!
E parabéns por estas palavras maníficas, adorei!
No momento em que eles nascem tudo muda.
FElizmente não tivemos que dizer à filhota que os pais já não se amavam, ela ainda era muito pequenina e a separação depressa entrou na rotina dela.
As perguntas são outras, as dúvidas são outras e dói-me tanto não saber o que lhe dizer.
Como já disse na minha colmeia... ela é a outra metade de mim mesma
ainda a escorrer baba?
Patrícia: devo andar mesmo lerdo :) Pois o 23 deve ser mesmo ele. É do cansaço :D
Eu: obrigado tb pela visita e aparece sempre :)
Abelhinha: No teu caso deve ser realmente mais difícil. Enquanto o meu filho obteve as respostas que quis pq tinha idade para as entender (apesar de não as aceitar), no teu caso, tens que explicar porque é q a sua família é diferente da dos seus colegas. Mas acredito que não se deve esconder nada às crianças, temos simplesmente que lhes dizer a verdade com uma linguagem que esteja ao seu alcance e que elas entendam. Custa, sei que custa, mas temos que ganhar coragem para o fazer. Tudo de bom para ti..
Sea: Ainda um pouco :) Não estava à espera de tantos elogios pq esta minha relação é tão natural que por vezes nem vejo que é diferente..
primeira visita: primeiro encanto!
Sinceramente, não percebo porque se elogia tanto a relação pais / filhos, ainda que separados. Como disse no 1º comentário, o amor dos pais é incondicional. Anormal, seria se assim não fosse.
Sea: (continuando o meu post) diferente da ideia que as pessoas têm de uma relação pai/filho. Para mim o amor incondicional deve vir tanto do pai como da mãe, agora que por vezes/muitas vezes uma das partes falha ou até as duas, é um facto. Tal como acontece o contrário,e a criança é o centro das atenções de ambos os pais.
OO
OOOO
OO
Flores para ti tb.
;)
Muito lindo.
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»
Feliz o filho que tem tal pai, tal amor.
Feliz o pai que tanto assim ama o seu filho.
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Não há palavras para um post destes.
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