# Isto dos nascimentos de crianças em Portugal

está mesmo mau. Segundo as últimas contas, nos últimos 15 anos verificou-se uma assustadora descida de 8 % nas viagens da cegonha, o que a continuar a descer dessa forma, nos faz prever que daqui a não sei quantos anos já não haja ninguém no nosso país com idade para ter bebés. O desastre nacional portanto. E soluções me perguntarão vocês! Pois, eu sei, é complicado responder. Não há motivações, os abonos de família não dão para nada, os preços estão pelas horas da morte, enfim! E foi neste estado de espírito que ontem fui para a cama. Depois de dar voltas e voltas sem conseguir adormecer – o assunto não me saia da cabeça – fez-se luz, ou o contrário, como já irão ver. A solução e a salvação, meus amigos, está nas mãos da EDP! Tão simples quanto isso! O que o nosso país precisa é de um apagão. Um simples apagão pode salvar a nossa economia nacional. Quem não se recorda do famoso apagão ocorrido, há uns anos atrás, numa conhecida cidade norte americana – da qual já não me lembro o nome – e que durou umas boas valentes horas? Nove meses depois, o país assistiu a um disparo na taxa de nascimentos como há muito tempo não tinha assistido. Se o nosso governo, numa acção concertada com a EDP, programasse quatro apagões por ano, daqui a uma década no máximo, teríamos o nosso parque infantil de regresso a normalidade e até, quem sabe, todas as mais altas expectativas largamente superadas. Imaginem o benefício para a nossa economia. Mais professores a trabalhar, o comércio têxtil a render ao máximo, mais médicos pediatras no activo, as empresas de brinquedos a duplicar a facturação… o panorama ideal!

Seria contudo conveniente que o governo lançasse antes um Decreto-lei limitando a posse de velas a um exemplar por família e nunca com tamanho superior a 5 centímetros de forma a não comprometer a exequibilidade do programa.